segunda-feira, 5 de abril de 2010

A dimensão do outro

Por: Isabel C. S. Vargas

É muito bom participar de grupos. Podemos nos reunir por interesses profissionais, por interesses, por outras afinidades ou simplesmente por amizade.
O importante é participar. A convivência gera benefícios.
Nos identificamos, interagimos,desenvolvemos confiança mútua.
Ao nos dedicarmos a estas atividades podemos servir ao outro e nos sentirmos gratificados também.
O valor da acolhida é inestimável, para ambas as partes envolvidas.
Quando nos dispomos a escutar o desabafo, o problema do outro, sem interrupções, sem distração e distorções, sabendo, apenas, escutar, sem planejar resposta que muitas vezes serve para desabafo próprio e não para auxiliar o interlocutor estaremos sendo de grande valia, pois em certas ocasiões é só isto que é necessário, pois através deste ato a própria pessoa começa a perceber significados antes não vislumbrados.
A sensibilidade em colocar-se no lugar do outro, mostrar interesse real pela sua palavra é o que faz com que haja sintonia entre as partes.
Algumas oportunidades bastam um sorriso, um gesto de afeição, palavras de carinho, um aperto de mão, ao invés de alardes e manifestações esfuziantes. O simples fato de saber-se entendido, apoiado ou saber que o outro está lá, solidário é o que basta.
A troca é reconfortante.
O exercício de tolerância que ocorre pelo aprendizado da aceitação e convivência com outras pessoas, de variadas crenças, diferentes opiniões de modo harmonioso faz com que haja crescimento pessoal. Aprende-se que podemos ser diferentes, pensar diferente e colocar isto sem antagonismos, inimizade ou choques.
O processo de amadurecimento se revela no momento em que um passa a defender o direito alheio de ser e pensar de modo diverso do seu, o que revela profundo respeito pelo semelhante.
Tanto a identificação quanto a convivência com os opostos de forma respeitosa são produtivos, saudáveis geradores de crescimento, o que é negativo e inaceitável é a indiferença que anula e isola.
Concluímos reafirmando a importância de vida em grupo.
Conviver é partilhar. As experiências boas se multiplicam, as más se tornam mais leves.




terça-feira, 9 de março de 2010

Isolamento Social

Atualmente, o individualismo e a solidão vem sendo uma tendência marcante das sociedades contemporâneas. No entanto, mais do que marcar uma característica dos nossos tempos, a questão do isolamento é mais um dos vários fenômenos sócio-culturais abrangidos pelos estudos da sociologia. Além disso, a questão do isolamento não se limita a seres isolados, sendo também vivenciado por certos grupos sociais.


Nas últimas décadas, o isolamento social pode ser presenciado na chamada “tendência single”, onde um grande número de pessoas – que vivem em grandes centros urbanos – prefere experimentar uma rotina solitária. Nesse tipo de fenômeno, o indivíduo não se mostra totalmente recluso da sociedade. Entretanto, o individualismo e o receio de estabelecer laços e compromissos com outro acabam transformando a solidão em uma opção mais confortável para o “single”.

Se caso quiséssemos empreender uma observação ao longo da História, poderíamos encontrar outros casos de isolamento social. Na Idade Média, por exemplo, diversos membros da Igreja procuravam a elevação de sua condição espiritual buscando uma vida reclusa no interior dos mosteiros. Na Grécia Antiga, os instrumentos da democracia ateniense poderiam condenar um cidadão ao ostracismo, espécie de degredo onde as pessoas que ameaçavam a ordem política ficavam exiladas por dez anos.

Fome Miséria e Altos Impostos

A fome assola milhões de pessoas em todo o mundo, algumas por causas naturais como a seca, as pragas, as inundações, mas a grande e esmagadora maioria por causas humanas. A ineficácia dos governos e o descaso com a população menos favorecida contribuem para a miséria, que por sua vez, é um produto originado pelo capitalismo que injustamente acumula riquezas nas mãos de poucos e falta nas mãos de muitos.

A alta carga tributária cobrada também atrapalha os menos favorecidos que sofrem com a inflação, com os impostos e a má distribuição de renda, essa afeta principalmente os países subdesenvolvidos. A maior prova disso é o crescimento econômico de países que não modificam o processo da má distribuição de renda. O Brasil, por exemplo, não é um país pobre, mas é o oitavo mais injusto no ranking mundial.

Diante dos problemas já citados, não há como pensar num mundo melhor sem que soluções sejam tomadas, não existem formas de melhorar a realidade sem o reconhecimento do agravamento destes males.